sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Júpiter, regente astrológico do Ano 2014


“A HUMANIDADE É CONSIDERADA O MEIO TERMO ENTRE OS DEUSES E AS BESTAS”(Plotino)
O GRANDE JÚPITER! Planeta regente do signo de SAGITÁRIO. É o maior planeta do nosso sistema solar, por isso falamos de expansão. E sendo assim, é um mito que precisa de um capítulo apenas para ele. Na verdade, um é muito pouco! Poderíamos escrever vários capítulos sobre JÚPITER, que na Mitologia é considerado o deus mais importante. 

É o deus do PANTEÃO OLÍMPICO e governante do Monte Olimpo, criou as OLIMPÍADAS e é também o deus do tempo, além de ser o sexto filho de SATURNO e RHEIA.

 SATURNO engolia seus filhos, porque soubera que seria afastado do trono por um deles, então esse seria também fatalmente o destino de JÚPITER, como foi o de seus outros dois irmãos, NETUNO e PLUTÃO. 

Mas não foi o que lhe aconteceu, pois sua mãe decidiu que queria ter um filho, então foi o único que nasceu deus! ZEUS, para os gregos. Seu mito foi uma preparação para o monoteísmo. Aí, começou-se a pensar em um único Deus. 

JÚPITER concentrou o poder de todos e se tornou o mais poderoso de todos os deuses. 

Com JÚPITER-ZEUS a lei e a ordem se fez e o desenvolvimento dos homens e dos deuses se estabeleceu dentro de um sistema estruturado. 

Isto, até virem PROMETEU e DIONÍSIO–BACO e construírem a próxima dinastia, que será a 4ª com a deposição de JÚPITER, vamos aguardar mais um pouco.

Quando RHEIA sentiu que seu filho ia nascer, bateu com os dedos no chão, fazendo com que dez espíritos das montanhas, correspondentes aos dez dedos que a ajudaram na hora do parto surgissem. Esses espíritos junto com três jovens CURETES que dançavam e batiam suas armas de bronze, fizeram muito barulho para que SATURNO não ouvisse o choro do bebê.

Assim sendo, JUPITERIANOS são considerados de muita sorte e SATURNINOS não devem se distrair. GAIA sua avó, também cuidou da sua criação junto com as NINFAS e a cabra AMALTÉIA. 

Além de ter sido criado por várias mulheres, também teve muitas (deusas e semideusas) e com elas diversos filhos. Teve também uma águia que o amava muito e o ensinou todas as coisas do céu e da terra. E era ela que carregava seus trovões. 

Era muito respeitado pelo seu imenso conhecimento. Sua simbologia são o CETRO numa das mãos, na outra o RAIO e nos pés a ÁGUIA.

Sua filha predileta é PALLAS-ATHENA, ou MINERVA, que nasceu de sua cabeça. Nasceu de partenogênese (sem um dos pais) e sem uma imagem feminina interior. 

JÚPITER também foi pai de MARTE, MERCURIO, HÉRCULES (Os Doze Trabalhos), APOLO e SELENE, que são gêmeos, entre outros. JÚPITER deu os mares a NETUNO, o mundo invisível a PLUTÃO (subterrâneo) e ficou com o céu e a terra. 

Mandou o pai para o TÁRTARO (lugar de tormento eterno) e mais tarde decidiu perdoá-lo, mandando-o ao Paraiso. Foi então considerado “O grande benevolente.”“Os deuses quando querem nos castigar atendem às nossas preces.” (Oscar Wilde)


Eis como chegou ao poder, tornando-se o senhor da Terceira Dinastia divina:

Chronos, o deus do Tempo, mitologicamente associado a Saturno, era o caçula dos Titãs, seres míticos que representam as forças cegas da natureza primitiva, filhos de Urano (o Céu) e Gaia (a Terra). Urano, senhor da Primeira Dinastia divina, dotado de um incrível poder de geração, fecundava sucessivamente sua esposa e multiplicou largamente sua prole. Gaia, porém, insatisfeita com as tiranias do marido, trama um plano, para o qual conta com a ajuda de seu filho mais jovem. E é assim que Saturno, com a afiada foice que lhe deu sua mãe, castra o próprio pai, interrompendo-lhe o fluxo fecundante.
Mutilado Urano, Saturno assume o poder, estabelecendo a Segunda Dinastia divina. Casa-se com sua irmã Reia, com quem tem seis filhos: Netuno, Plutão, Hera, Deméter, Héstia e Júpiter. Diante, porém, de uma profecia de Urano de que um de seus filhos haveria de expulsá-lo do trono, Saturno passa a devorá-los, à medida em que iam nascendo. 

O último dos filhos foi poupado desse destino por um ardil da mãe, que foge e dá à luz Júpiter, entregando a Saturno, em seu lugar, uma pedra envolta em panos de linho. Pensando ser o filho, Saturno engole a pedra, dando-se por satisfeito. Tempos mais tarde, desenvolvido e forte, Júpiter força Saturno a engolir uma bebida que o faz vomitar todos os filhos devorados que já nasce adultos. Inicia-se então uma terrível guerra, chamada de Titanomaquia: de um lado, Júpiter e os demais filhos, que, vomitados pelo pai, aliam-se ao irmão; do outro, Saturno e seus irmãos, os Titãs. Após dez anos de violentos combates, Júpiter expulsa os Titãs e assume definitivamente o poder, estabelecendo a Terceira Dinastia divina.


Podemos considerar que as três dinastias divinas (Urano, Saturno e Júpiter) representam as três distintas fases da criação do Universo:
Primeira Dinastia (Urano) - Cosmogenia - Fluxo ininterrupto de informações e vida; expansão; geração;
Segunda Dinastia (Saturno) - Esquizogenia - Limitação do fluxo gerador; aparação das arestas; restrição; solidificação;
Terceira Dinastia (Júpiter) - Autogenia -Desenvolvimento e evolução das idéias, estabelecimento final da ordem; organização.

Observe-se que o mito grego das Dinastias Divinas pode explicar, simbolicamente, a própria criação do Universo; porém, qualquer parcela ou fragmento desse Universo passará, em sua gênese, pelo mesmo processo. 

Por exemplo, um artista, ao conceber sua obra, terá, inicialmente, um fluxo de imagens ou idéias; depois, selecionará algumas dessas idéias, restringindo as possibilidades; finalmente, estabelecida a ordem, chegará à composição final. E assim, consciente ou inconscientemente, em questão de segundos ou durante anos, escritores, cientistas, poetas, etc., em seus processos de criação ou compreensão, atravessam essas três fases, simbolizadas pelas três dinastias.

A terceira e última fase, da Autogenia, relacionada a Júpiter, nos fala de expansão e ordem, da consecução definitiva dos objetivos, do estabelecimento de um novo status e de uma nova e melhor situação.

Astrologicamente, portanto, Júpiter está associado à expansão, à sabedoria e à fortuna.

Na Grécia, Júpiter era temido como o deus que lança raios. Mas era também adorado como aquele que distribui as riquezas, sendo também chamado de o grande beneficiador.
O ponto do mapa astrológico onde estiver Júpiter indicará a forma como realizamos e exercemos o nosso poder de expnsão; o ponto onde há um império sobre o qual nós vamos reinar. É também o ponto da fortuna, onde os nossos esforços tendem a ser mais facilmente recompensados. Mas, sobretudo, é o ponto de onde extraímos a Sabedoria, pois todo poder e toda fortuna serão vãos, exceto quando houver sabedoria.

Durante o Ano de 2014, sob a regência astrológico-arquetípica de Júpiter, o Cosmos nos convida a repensar o nosso poder de expansão e a forma como nós o estamos utilizando ou exercendo. Que esta forma seja sempre a mais sábia e a mais afortunada, para cada um de nós e para as pessoas que nos cercam.
Haroldo barros/PATRÍCIA ESTEVES 

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